vi mais uma coisa tipica daqui, insolita como de costume. Pensava eu que por ser manha de Halloween e a parada ser mesmo aqui ao lado, se justificava estar um rato gigante na rua. Nao podia estar mais enganado - pelos vistos e' uma practica corrente. Quando uma obra nao emprega trabalhadores sindicalizados, o sindicato local (neste caso os carpinteiros) faz uma manifestaçao 'a porta da obra e planta uma ratazana insuflavel como forma de protesto. Nao ha' obrigaçao de pertencer, mas se nao pertences, e's um rato. Isto quanto a mim e' bullying, e nao direito ao trabalho. E por varias razoes, nao acho que os sindicatos sejam particularmente favoraveis aos trabalhadores; pelo menos numa economia de mercado (talvez numa economia socialista, mas a minha opiniao sobre esse tipo de economia tambem ja' sabem...).
31 de outubro de 2006
ainda agora
posto pelo Alexandre às 15:39 0 comentários
30 de outubro de 2006
halloween 1
Sabado, piratas por todo o lado, depois uma viagem interminavel ate' Brooklyn, para entrar numa fabrica com uma festa alucinante. Meia hora depois de entrar, descobrimos a pista de dança passando por milhentos corredores cheios de gente, bandas de metais, drogaria e afins. O chao da pista treme com as vibraçoes e os saltos, ha' saltimbancos a dançar em cima de andas e a coisa parece ir bem. Meia hora depois, vem a policia, e os bombeiros a seguir. Tudo de volta para casa, a festa passa para as carruagens do metro. O que nos vale e' a parada e o Motherfucker a seguir.
posto pelo Alexandre às 15:18 0 comentários
28 de outubro de 2006
26 de outubro de 2006
arrumaçoes na casa
Aproveitando uma manha de puro lazer no trabalho:
http://www.maoinvisivel.com/blog/ - Paz 'a sua alma! (deslinquei)
E benvindos o sartotialist,
e o meu colega e amigo David Kleiner, que e' o unico que nao e' blog aqui.
posto pelo Alexandre às 17:30 0 comentários
25 de outubro de 2006
Ha' quase um ano
nesta terra, e uma das coisas que aprendi foi a valorizar tudo o que for feito de um modo mais ou menos artesanal; ou pelo menos tudo aquilo que não caiba no mais barato possível. Como o chão de linóleo castanho e a lâmpada de madeira falsa do meu studio, que tento cobrir a todo o custo, as portas de ombreiras grosseiras em metal, a tinta de plástico com que estes animais pintam tudo, sem tirar a que está por baixo primeiro, a comida reles, as bebidas e iogurtes e doces com xarope de milho em vez de açúcar, os edifícios, de habitação ou escritórios, feitos em massa, mal divididos, medíocres. Pensei nisto ao passear pela minha zona - desde a St John the Divine ao Colosseum (um prédio de luxo dos anos 10, de planta circular como uma secção do Coliseu de Roma) e senti-me privilegiado por morar no meio de tantos edificios Beaux-Arts. E lembrei-me de coisas como a Avenida dos Aliados e a Câmara do Porto, também Beaux-Arts até ao tutano e que toda a gente (incluindo eu) gozava na Escola - que porcaria sem jeito nenhum, pesados e massudos, com uns gajos de pedra a segurar a varanda à entrada, construídos fora do seu tempo, numa arquitectura só de fachadas, porque atrás são desordenados e feios. Chavões idiotas à parte, a verdade é que só passado quase um ano a trabalhar em arquitectura tradicional acordei para a vida, e a minha realidade cresceu exponencialmente. Agora quando passeio pela Nova Iorque fantástica do pré-Guerra, vejo milhares de coisas que antes ignorava - de tal modo que sonho intensamente com todo o tipo de ornamentos, painéis, molduras, estuques e madeiras. E depois acordo pobre na mesma e a olhar para as minhas paredinhas brancas e a minha lâmpada ranhosa, só o Sari na entrada da casa de banho é que salva a coisa.
Valha-nos a Avenida dos Aliados e a Câmara do Porto, e que se façam mais, fora ou dentro do tempo deles, quero lá saber. Só que daqui a uns anos não quero mais mediocridade.
posto pelo Alexandre às 02:38 1 comentários
24 de outubro de 2006
17 de outubro de 2006
Se nao venho ca'
E' porque o trabalho aperta. E se nao e' o trabalho, e' a namorada que me aperta quando chego a casa (entre os braços). Rica vida... amanha vou desenhar 'a mao, pela primeira vez em muitos anos. E talvez escrever para aqui qualquer coisa sobre o Cooper-Hewitt.
posto pelo Alexandre às 00:05 3 comentários
11 de outubro de 2006
ultimas manias
relogios japoneses (ja encomendei o meu!)
Brandford Marsalis - Romare Bearden revealed
the Bad Plus - These are the Vistas
gravatas fininhas
o Thom Browne, porque trabalha aqui ao lado e vai comer ao mesmo sitio que no's.
e o Sartorialist, que me tem feito baixar a produtividade!!
(ah, as delicias de morar com a namorada... um gajo pode gostar de roupa e panasquices desse genero 'a vontade)
Emery Roth e o San Remo e o Eldorado
posto pelo Alexandre às 15:20 1 comentários
10 de outubro de 2006
algures no Colorado
transporta-se uma casa de camiao. A foto e' do Zsolt, um gajo qualquer que eu nao conheço, mas que esteve numa road trip ha' uns anos com a minha miuda; so' hoje e' que vi o album da viagem.
posto pelo Alexandre às 05:39 0 comentários
3 de outubro de 2006
Anthony Blunt
Vem isto a proposito do ultimo livro que li no metro, um calhamaço sobre a vida dele. Um dia em Londres fui visitar a livraria do RIBA que estava mesmo ao lado do escritório, e encontrei um mini-livro sobre Roma e o barroco. Foi a primeira vez que o li, e nele estava uma frase que definia este edifício - "Borromini deu à fachada a expressão de uma chapa de aço sob tensão". Depois disto, procurei em tudo o que era canto por mais e mais. Não havia, e mais tarde descobri porquê - o homem tinha sido um espião ao serviço da URSS durante a Segunda Guerra, desmascarado nos anos 80 e visto a reputação afundar tremendamente. Mesmo depois de morto há mais de 20 anos, continua a ser quase impossível encontrar mais coisas do Blunt. Eu não quero saber da vida dele (até quero, porque li a biografia, o tal calhamaço), nem se ele era trafulha, traidor, snob, homossexual e efeminado, mas com um poder de análise assim, uma escrita simples e ao mesmo tempo apaixonada e controlada, pode vir mais - espero.
Entretanto, o próximo que estou a ler é sobre a ligação do Mies aos nazis... por enquanto estou céptico, mas é interessante conhecer a vida da personagem que sempre foi uma muralha de linhas rectas e frases exemplares nos tempos da escola.
posto pelo Alexandre às 18:10 0 comentários